quinta-feira, 16 de junho de 2011

DONA ERMELINDA - BRANCO


Esse vinho, foi para mim, o melhor branco que bebi em 2010! Agora eu o trouxe novamente para as prateleiras da loja, pois quem comprou esse vinho tem voltado para buscar mais e eu mesma estava já morrendo de saudades.....
Um branco de alma tinta, encorpadissímo, untuoso, equilibrado, perfumado, enfim um branco perfeito para qualquer ocasião.
Certamente um branco que vai  aquecer as noites frias do inverno que se pronuncia.... com fondue então....
Deguste você também esse impressionante branco de alma tinta!
disponível na VIEIRA VINHOS!



Produtor:

Casa Ermelinda Freitas


Enólogo:

Jaime Quendera


Castas:

Fernão Pires, Arinto e Antão Vaz


Ano de Colheita:

2008


Vinificação:

Fermentação em cubas de inox com temperatura controlada
seguido de um pequeno estágio de 2 meses em meias pipas de Carvalho
Francês e Americano.
Solo e clima:

Podzolizado de areia e arenitos. Mediterrânico-continental.


Cor:

Vinho com cor Palha esverdeado


Aroma:

Aroma frutado intenso com notas a frutos tropicais e mel.


Boca:

Na boca apresenta-se cheio com grande equilíbrio entre os
componentes, acidez / açúcares / álcool /Madeira.
Final de Boca:
Longo persitente e agradável.


Gastronomia:

Excelente como aperitivo e acompanha bem pratos de
peixe e saladas e carnes brancas.
Álcool:

13.5 % alc/vol


Acidez total:

5.92 g/l


Açucar Residual:

7.8 g/l


pH:

3.37




Palmela

sábado, 4 de junho de 2011

WINE GOURMET SHOW

Pois é, com aguns dias de atraso vou postar minha opinião sobre o Wine Gourmet Show, feira de vinhos e alimentos das Importadora Casa Flora e Porto a Porto.
O evento aconteceu em São Paulo, dia 02 de junho no Hotel Unique. Chegamos por volta das 14:15hs e ainda estava bem tranquilo. A disposição das mesas no salão seguia a sequencia do livro de degustação entregue na entrada, isso facilita muito para uma degustação bem feita. iniciamos pelos brancos e espumantes.
Alguns brancos roubaram atenção: Fleur du Cap Unfiltered Sauvignon Blanc 2008, maravilhoso Africano de aromas exóticos de frutas tropicais, lichia....inesquecível em nariz e em boca!  O vinhedo  sofre a poda verde para acentuar os aromas de fruta. Colheita manual, batonnages periódicas (levantamento dos sedimentos).
O preço inviabiliza um pouco, na faixa de R$ 100,00.
Outro que surpreendeu pela acidez, elegancia e refrescância foi o argentino Alfredo Roca Reserva De Família Chardonnay, que pretendo colocar em breve na loja.
A espanhola Gramona também arrazou com suas maravilhosas cavas, mas o que me encantou mesmo foi um branco tranquilo elaborado somente com a casta Xarel-lo, o Gramona Font Jui Xarel.lo, um branco intenso em sabores, muito diferente do que estamos acostumados a tomar.
Portugal reserveou surpresas em vinhos brancos, na Provam, especializado em brancos todas as opções degustadas eram excelentes! custo benefício total era o Portal do Fidalgo, um corte de 70% Alvarinho e 30% Trajadura um verde de alta classe com preço de verde genérico!
Um capítulo a parte foi o Nossa da Felipa Pato, apresentado por sua irmã, a hiper simpática Luisa Pato. O vinho faz juz ao nome e um gole e dizer NOOOOOOSSSAAA, que vinho maravilhoso!!! Esse é um corte de bical e encruzado, de pequena produção. São duas uvas brancas que consideram do melhor que pode ser feito no país e encontraram uma vinha muito bonita no Dão, perto de Caramulo, uma zona fresca capaz de fazer vinhos com uma ótima acidez e uma produção muito baixa por videira. É um vinho mais íntimo para ser consumido a dois. Foi um vinho que, ano passado, a Jancis Robinson considerou o melhor branco de Portugal!

    

Tabém participamos de uma palestra de Denis Dubordieu, conhecido como o mago dos vinhos brancos, um mestre no terroir de Bordeaux. Dele tomamos um tinto e dois Sauternes fantásticos:
   

 Depois que saimos da palestra do Dubordieu tivemos a impressão de ter entrado em outro salão.... nunca vi nada tão lotado! Igual a Estação da Sé as 18:00hs. Esse foi o único ponto falho no Wine Goumet Show, muita gente para pouco espaço! A degustação ficou quase impraticável. Então pegamos o caderno e começamos a eliminar os produtores que ja conheciamos e centrar somente nas novidades que realmente nos interessavam para serem colcadas na loja, com isso restringimos bem nossa degustação e teriamos que tomar menos cotoveladas....
Iniciamos o ciclo dos tintos então. Primeiro os vinhos da Africa do Sul, especialmente:
PLAISER DE MERLE - GRAIN PLAISER: Um corte impressionante de Cabernet Sauvignon (40%), Petit Verdot (18%), Malbec (6%), Cabernet Franc (15%), Shiraz (15%) e Merlot (6%).Aromas de cair para trás, boca untuosa, intensa, taninos sedosos, um grande e maravilhoso vinho!
Outro que chamou atenção pela excentricidade foi o Nederburg Ingenuty Red (um corte de uvas italianas Sangiovese / Barbera / Nebbiolo) Interessante demais porém sem argumento de vendas. Imaginou eu falando para um cliente levar um vinho de quase R$ 100,00, sulafricano elaborados com uvas italianas? Sem noção né!  Mas o vinho é muito interessante mesmo!!!
Entre os argentinos dois da Alfredo Roca em breve estarão disponíveis na Vieira Vinhos: Alfredo Roca Reserva De Família Pinot Noir e Alfredo Roca Reserva De Família Bonarda, excelentes custo benefício!
No Chile o destaque foi Santa Carolina Specialties Carignan Dry Farming, que na minha opinião ofuscou até o vinho Ícone da casa, o Herência, que aliás me decepcionou... anos luz do excelente e carnudo Carmin de Peumo da concorrente Concha y Toro.
Espanha arrasou com o Marqués de Tomares Doña Carmen Reserva feito com 90% da uva Graciano com 18 meses em barricas novas de Carvalho francés, mais 24 meses em garrafa, um vinho de uma elegância indescritível!

Itália, meu cantinho do mundo preferido no mundo do vinho....  Deliciosos nectares que foram degustados com imenso prazer!
O destaque ficou por conta do Lucarelli, um Primitivo elaborado de vinhas velhas é um daqueles vinhos que a gente toma e agradeçe a Deus pela existência das uvas.
Outros degustados no mesmo stand e que merecem destaque e espaço nas prateleiras da loja são:
  • Vesevo Beneventano Aglianico IGT
  • Caldora Yume Montepulciano D´Abruzzo Doc
  • Catullo IGT Tinto
  • SUD Primitivo

Para finalizar nosso trabalho fomos degustar os vinhos portugueses da Carmim, destaque para o Monsaraz Premium, outro daqueles de beber ajoelhado!
Conversar com  enólogo da Carmim foi uma lição, comentei com ele minha paixão pela Alicante Bouchet  e ele empolgou a falar da casta. Descobri o porque do Alicante, apesar de ser uma casta francesa, não se dar bem na França; Alicante Bouchet é uma casta que a se deparar com umidade dispara a produção gerando vinhos diluídos. No Alentejo a região é muito seca então a casta se sente a vontade gerando vinhos em todo seu explendor, a exemplo do Carmim Alicante Bouchet , um dos meus preferidos e raros Alicantes vinificados como varietal.

Participamos depois de nossas degustações de uma excelente palestra da Maison Deutz, só champagnes!!!

Ouvindo o presidente da Maison Fabrice Rosset,  falar das maravilhas da região e do método refinado e cuidados de trabalho da Deutz na elaboração de champagnes tops pudemos degustar 3 ícones:
  • Cuvée William Deutz Branca
  • Blanc de Blancs
  • Amour de Deutz 1995: Robert Parker – 96 Pontos

 Valeu Casa Flora! Foi uma excelente oportunidade para selecionar novos rótulos para nossos queridos clientes!

 

QUINTA DA MIMOSA 2007

Vermelho profundo com reflexos levemente atijolados, boa coloração, lágrimas numerosas.
Aroma predominante de  especiarias mesclados a fruta vermelha em geleia.
Boca frutada com boa acidez e taninos presentes porém muito aveludados que tendem a se educar ainda mais com tempo maior em garrafa.
Demoramos para tomar o vinho para acompanhar os aromas abrindo, e valeu a pena!  O vinho abriu lentamente revelando toques de ervas de provençe, amora e toques lácteos, tipo bala de leite toffe (lembram dessa bala, colava no dente?).
A boca também ficou mais macia, a fruta apareceu ainda mais em boca, os taninos ficaram mais educados.
Um vinho que certamente fará parte do portfólio da Vieira Vinhos.

Um pouco sobre o vinho:
CASTA: Castelão “Periquita”.
ÉPOCA DE COLHEITA: Finais de Setembro.
ORIGEM: Vinha com 40 anos, situada em Fernando Pó, zona privilegiada do concelho de Palmela.
SOLO: Podzolizado de areias e arenitos. 
CLIMA: Mediterrânico-continental.
VINIFICAÇÃO:Fermentação em cubas-lagares de inox com temperatura controlada, e maceração pelicular prolongada. Estágio de 12 meses em meias pipas de carvalho francês. 
QUANTIDADE PRODUZIDA 50.000 garrafas de 0,75 litros.
PERÍODO MÁXIMO DE GUARDAAconselham-se 12 anos.
TEOR ALCOÓLICO14 º vol.
ACIDEZ TOTAL5,25 g ácido tartárico/dm³
ACIDEZ VOLÁTIL0,65 g ácido acético/ dm³
pH3,41
AÇÚCARES RESIDUAIS2,8 g/dm³