terça-feira, 18 de outubro de 2011

MONTE SUA CONFRARIA CONOSCO!

Uma confraria, como se sabe, é aquela justificativa que enófilos e eventuais bebedores de vinho dão para desmarcar uma reunião importante de trabalho ou faltar ao aniversário do cunhado sem qualquer dor na consciência, pois têm um compromisso mais importante: compartilhar uma garrafa de vinho com os amigos.
Na França, o hábito de reunir amigos em torno das garrafas também é conhecido por confréries bachiques (de Baco), o que dá bem a dimensão do encontro.



Um pouco de história
O nome confraria tem origem na mais antiga organização do gênero que se tem notícia na França: l’Antico Confrarie de Sant-Andiu de la Galiniei, fundada em 1140, em Béziers. Não tinha o formato atual, mas aí está sua gênese. Um dos mais antigos grupos ainda em atividade também é do país de Sarkozy, que aliás não bebe: a La Confrérie des Chevalliers du Tastevin, criada em novembro de 1934. A história é curiosa, o resultado, melhor ainda.
Em um momento de crise de liquidez dos caldos da Borgonha, dois amigos, Camille Rodier e Georges Faiveley, tiveram a brilhante ideia para aquecer o mercado: “Se ninguém quer nossos vinhos”, raciocinaram, “vamos convidar nossos amigos para vir prová-los conosco.” E criaram a confraria.
O experimento deu resultado. O Chevaliers du Tastevin é, desde 1945, proprietário do Châetau Clos de Vougeot. A partir desta experiência bem-sucedida, outras regiões criaram seus próprios grupos que se espalharam pela Europa com o objetivo de divulgar seus produtos entre seus consumidores. São também famosas as confrarias portuguesas do Vinho do Porto – que tem entre seus membros figurões tão díspares como Fernando Henrique Cardoso e o ditador Fidel Castro e do Periquita, criada em 1993 para reunir os amantes do rótulo português mais consumido no Brasil. Entre seus 165 atuais membros se misturam personalidades como o especialista e historiador de vinho Carlos Cabral e a especialista em entornar a taça Hebe Camargo.

A mãe de todas as nossas confrarias
Mas as confrarias que nos interessam são aquelas formadas por grupos anônimos. A popularização destes grupos de vinho é um fenômeno recente entre nós. Acompanhou o crescimento do mercado, o surgimento das lojas especializadas, a evolução do serviço dos fermentados nos restaurantes. Elas são, de certo modo, uma conseqüência da explosão dos cursos de iniciação de vinho e da popularização da bebida na classe média.
As confrarias brasileiras podem ser uma novidade entre os neófitos, mas é importante o registro dos desbravadores. Afinal, não cabe aqui a mesma síndrome do governo Lula: como se nunca antes neste país um grupo de conhecedores tivesse se reunido para apreciar a bebida de Baco. A Confraria do Amarante, idealizada pelo especialista José Osvaldo Albano do Amarante e pelo crítico e jornalista Saul Galvão (falecido em 2009), está na ativa há 26 anos. Desde fevereiro de 1983 doze amantes de vinho se reúnem mensalmente para degustações às cegas – aquele tipo de prova em que as garrafas são embaladas e os rótulos só revelados no final –, sempre acompanhadas de jantares em bons restaurantes de São Paulo. O grupo já provou cerca de 2.700 garrafas, todas meticulosamente registradas e comentadas em uma planilha pelo autor de uma das melhores obras de referência sobre o tema: Os Segredos do Vinho – Para Iniciantes e Iniciados. De certa maneira, a Confraria do Amarante é a mãe de todas as confrarias que surgiram de lá para cá.
Também têm história para contar a confraria dos Amigos de Babette, que se reúne para cozinhar e harmonizar pratos refinados com comida idem e a Confraria Madame Pompadour, um clube da luluzinha de Baco – uma resposta às confrarias dominadas pelos marmanjos – que se dedica a degustações de champanhes franceses.

Agora é sua vez, monte a sua própria confraria aqui na VIEIRA VINHOS

Uma confraria se forma para que amigos experimentem as novidades, comparem o rótulo A com o rótulo B, cotizem uma garrafa que é objeto de desejo, isso tudo em clima de camaradagem e descontração. É também aquele momento em que o vinho é protagonista. Em que ninguém vai ficar olhando torto para a sequência de rótulos, reclamando do balé de taças girando sem parar e ironizando o festival aromas que cada degustador encontra nos caldos. E se o objetivo é só beber comentando o jogo de domingo, qual o problema? A regra é não ter regra. O importante é o encontro.
Então, que tal criar a sua confraria? Reúna os amigos, nos procure e monte seu próprio grupo.

Algumas dicas para aproveitar melhor suas reuniões.
1. É importante manter uma agenda. Procure estabelecer uma data fixa para os encontros. Todas as primeiras quartas-feiras do mês, algo assim, que facilite o agendamento e continuidade do grupo. Se for esperar o melhor dia para cada participante, é capaz de a confraria nunca passar do primeiro brinde;
2. Aproveite as facilidades da tecnologia e organize as reuniões por e-mail ou então crie contas nas redes de relacionamento como Facebook, Orkut ou MySpace, onde os encontros podem ser registrados com imagens e textos, ou até mesmo em tempo real, com apreciações de no máximo 140 toques do Twitter, por exemplo;
3. Escolha um tema para o encontro. Pode ser um país (vinhos argentinos), uma região mais específica (Borgonhas), um tipo de vinho (brancos), de uva (riesling) ou vinhos de mesma safra.
4. A experiência pode ficar mais rica também com uma apresentação no telão sobre os vinhos que vão ser degustados, as principais características, um pouco de sua história e algumas curiosidades sobre as uvas, as principais vinícolas, estes detalhes que fazem a alegria dos enófilos de carteirinha, mas que também atiçam a curiosidade de quem está chegando neste mundo, isso tudo a Vieira Vinhos prepara para você!
5. A dica mais importante, no entanto, é tornar este hábito um prazer, uma diversão daquele tipo que você espera ansiosamente pelo próximo encontro.

MONTE SUA CONFRARIA CONOSCO!!!!

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